Fala, povo do batuque! Beleza?!

Estamos aqui mais uma vez para da uma recapitulada no bate-papo que rolou com o nosso amigo e grande percussionista Carlos Café no nosso Instagram @clubedapercussao.

Espero que você tenha visto, mas, se não viu, tudo bem. Vou te deixa atualizado de tudo, tá certo?

Então, vamos lá!

Descobrindo o mundo do batuque

Carlos Café era um jovem de 14 anos que vivia na rua com seus amigos. Sempre que dava ele ia para a quadra jogar ou saia para vadiar nas ruas – o famoso “maloqueiro do bem”, em suas próprias palavras. Mas, como todo bom homem ele se apaixonou.

Não. Não foi por uma mulher rsrs, mas, sim, pela música… pelo samba. Foi assim que de pouco a pouco o batuque conseguiu tirar Carlos do mundo das ruas, aliviando, assim, o coração de sua mãe que não via com bons olhos toda essa sua andança.

Nossas mãos são parecidas, porém não são iguais

Foi com essa frase que Carlos Café começou uma nova jornada na busca de ser um pandeirista ainda melhor.

Apesar dele já tocar bastante e te feitos muito shows, Carlos identificou que o seu toque, diferentes de outros percussionistas de seu tempo, não tinha um identidade, pois desde sempre ele observou muito os outros tocarem, replicando, assim, o que ele via. Ou seja, um exímio autodidata. E foi com essa sua habilidade de aprender sozinho que ele deu mais um passo em direção a excelência.

A técnica desenvolvida: o jeito Café de tocar

A técnica se baseia em igualar o som da ponta e do polegar na medida em que vamos aumentando, ou dobrando, a velocidade na qual atingimos o pandeiro de nylon.

Essa técnica pode ser feita em várias bases rítmicas como o samba e etc.

De acordo com o próprio Carlos Café, não é nada muito difícil, a única coisa que é necessária para dominar sua técnica é paciência e disciplina para aplicar e treinar no seu pandeiro todo santo dia.

O grande dia de Carlos Café na música

Em um grande evento feito na Alemanha, Carlos Café, juntamente com o rapper Emicida, se emocionou como nunca antes ao compartilhar o palco com nada mais, nada menos que o grande ícone do R&B (rythm and blues), Steve Wonder.

No entanto, outra vez que ele também parou tudo o que fazia, apenas para observar aonde ele havia chegado foi em um show com Gilberto Gil.

Maior desafio profissional

De acordo com o próprio Carlos Café, o seu maior desafio profissional foi quando estava gravando para um CD do Emicida, pois os mapas de percussão eram diferentes dos habituais, uma vez que tudo era muito mecanizado, ou seja, baseado em programação.

No final de um show do Emicida, Carlos Café diz se lembrar da boa sensação de um dever cumprido.

Os primeiros passos para quem quer tocar pandeiro

O primeiro passo é encontrar um bom pandeiro que lhe atenda o ritmo que deseja tocar. Por exemplo, o pandeiro de couro lhe permite tocar ritmos diversos, enquanto o de nylon é um pouco mais seleto em relação ao ritmo, no entanto, por ser mais leve, também é uma boa pedida para os iniciantes.

Quando falamos de polegadas, Carlos Café indica o de 10 e o de 11, pois, mais que isso começa a ficar muito pesado para um iniciante.

Quais os maiores erros que impedem os músicos de crescer

Um dos principais erros que os músicos comentem, numa opinião única de Carlos Café e que ele próprio diz entender se outras pessoas discordarem, é o fato de que muitos sonharem em tocar para alguma banda e, até mesmo, se entregarem completamente para um projeto.

Mas ainda não é aí que habita o erro. Na verdade, o buraco é mais embaixo.

O ato do focar em um trabalho, de verdade, é uma dádiva e qualidade comum em todos os grandes artistas, no entanto, Carlos Café deixa claro que você não pode fazer isso em detrimento de sua própria marca.

Ou seja, quem é você no mundo da música? De que forma você se posiciona? – todas essas perguntas são imprescindíveis para quem quer ter uma carreira de longa data, afinal, tudo passa e isso não é diferente para grandes bandas e ótimo artistas.

Sendo assim, a dica é: fortaleça seu nome; crie sua própria marca.

O sábio percussionista brasileiro em Berlim

A grande virada de chave que fez Carlos Café entender a importância de ter uma marca só sua aconteceu nas ruas de Berlim, local no qual conheceu um grande percussionista brasileiro chamado Dudu Tucci.

Numa conversa amistosa Dudu pediu a Carlos Café uma lembrança da carreira dele para que ele lembrasse sempre que, um dia, Carlos Café tinha ido á sua escola de música, porém, meio sem graça, Carlos teve que admitir que não trazia algo que remetesse a sua carreira consigo.

Foi então que as palavras de sabedoria foram ditas por este grande percussionista:

“Meu, amigo, eu já fui como você um dia. Sendo assim, escute o que eu digo: não importa o que você faça, lembre sempre de ser o Café”.

Essas palavras reverberam no coração e carreira de Carlos Café até os dias de hoje.

Conclusão

E pra finalizar esse papo gostoso, Carlos Café lembra que mais importante do que tocar bem é ser humano, pois, mais do que técnica, música é amor, comunhão de muitas partes… é calor, é vida.

Sendo assim, galera, vamos espalhar essa energia positiva e fazer do nosso mundo algo melhor, tá certo?!

Pra finalizar acho importante ressaltar que Carlos Café tem um canal no Youtube que é incrível. Dá uma passadinha lá que você vai amar.

Mais uma vez, foi um grande prazer te ter por aqui!

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Até a próxima.

Reinan Santos

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